Entender a associação entre Melasma e exposição solar é um passo fundamental para tomada de decisões conscientes sobre a saúde de sua pele. De acordo com a American Academy of Dermatology (AAD), o melasma é uma patologia cutânea comum que provoca manchas escuras na pele e que afeta mais de cinco milhões de pessoas nos Estados Unidos, predominantemente mulheres entre as idades de 20 a 50 anos.
A FISIOPATOLOGIA DO MELASMA E SEU VINCULO COM A EXPOSIÇÃO SOLAR
O melasma é uma condição crônica que envolve uma produção excessiva de melanina, o pigmento que dá cor à pele, olhos e cabelos. Esta super produção ocorre principalmente em resposta a estímulos hormonais e a exposição à luz solar, que ativa os melanócitos (células produtoras de melanina). Por isso, a exposição solar desempenha um papel importante ao desencadear e piorar o melasma, já que os raios ultravioletas do sol estimulam a atividade dos melanócitos.
O QUE ESTUDOS RECENTES APONTAM
Estudos epidemiológicos mostram que, embora o melasma possa ser provocado por diversos fatores, entre eles a gravidez e o uso de anticoncepcionais hormonais, a exposição solar é o disparador mais comum. De acordo com a AAD, cerca de 90% dos pacientes com melasma têm um histórico de exposição solar excessiva. Além disso, a piora dos sintomas durante os meses de verão, quando a incidência solar é maior, reforça ainda mais essa ligação.
OPÇÕES DE TRATAMENTO: ENTENDA O MECANISMO DE AÇÃO
Quando se trata de opções de tratamento, estes focarão em diminuir a atividade dos melanócitos e produção de melanina. As terapias mais comuns incluem o uso de cremes tópicos contendo agentes despigmentantes como a hidroquinona, ácido azelaico e ácido tranexâmico. A hidroquinona impede a produção de melanina pela redução da atividade da tirosinase, uma enzima chave na produção de melanina. O ácido azelaico e o ácido tranexâmico agem em etapas subsequentes, diminuindo a quantidade de melanina produzida.
Os peelings químicos e o uso de lasers também podem ser utilizados em casos mais graves, embora estes procedimentos devam ser realizados sob a supervisão de um profissional de dermatologia. Já os protectores solares de amplo espectro são indicados para todos os pacientes, pois previnem a piora da condição.
A IMPORTÂNCIA DE UM TRATAMENTO ADEQUADO
Um tratamento adequado do melasma pode não apenas melhorar a aparência da pele, mas também a autoestima e bem-estar emocional do paciente. Vale ressaltar que cada caso é único, podendo a condição melhorar naturalmente em algumas situações, como após a gravidez ou a descontinuação do uso de medicamentos hormonais.
No entanto, a exposição solar pode desencadear ou agravar a condição, tornando fundamental a proteção solar adequada e o aconselhamento de um dermatologista. Tratar o melasma adequadamente significa pensar na saúde da sua pele a longo prazo, prevenindo danos mais graves e melhorando sua relação com sua aparência.
Portanto, a proteção solar diária combinada com um tratamento dermatológico adequado é a chave para controlar o melasma e garantir a saúde e a beleza da sua pele.