Melasma pode ser caracterizado por manchas acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares, mas limites nítidos, localizadas em áreas da pele que são expostas a luz solar, especialmente, rosto, fronte, têmporas e, mais raramente, no nariz, pálpebras, mento e membros superiores.
O termo melasma provém do grego melas, que significa preto, e tem sido o preferido para designar esta afecção, ao invés de cloasma, anteriormente usado. Cloasma também é proveniente do grego cloazen e significa “ser verde”.
Melasma pode acometer todos os sexos e todas as raças. Entretanto, o sexo feminino representa 90% dos casos. É mais comum em mulheres adultas em idade fértil, porém, as manchas podem surgir pós-menopausa. A idade de aparecimento comumente surge entre 30-55 anos.
A melanina, que são produzidas nas células da pele chamada de melanócitos, é o principal pigmento biológico envolvido na pigmentação cutânea, sendo determinante das diferenças na coloração da pele. E também possuem ação fotoprotetora, pois conseguem absorver a radiação não ionizante, desde os raios ultravioletas até o infravermelho.
A radiação ultravioleta e a luz visível apresentam comprimento de onda entre 200 e 760nm e são o que chamamos de espectro fotobiológico, com o ultravioleta entre 200 e 400 nm e a visível entre 400 e 760 nm. Acima desses valores, até 17000 nm, está o infravermelho, vindo a ser um indutor de calor.
Uma exposição frequente a radiação solar pode promover queimadura ou bronzeamento da pele. E o estímulo frequente, provoca o aumento dos melanócitos e um consequente aumento da produção de melanina.
Dois tipos de pigmentação melânica são a base para a cor normal da pele:
– A cor da pele constitutiva é a cor geneticamente determinada da pele saudável, não-submetida à RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, sobre a qual desempenha um papel essencial na fotoproteção à radiação ultravioleta, ao alcançar a Terra, visto que minimiza os danos ao DNA que levam ao aparecimento do câncer de pele.
– A cor da pele facultativa é a cor de pele mais intensa, resultante de exposição solar ou de doenças pigmentantes, e reflete a capacidade geneticamente determinada de bronzeamento em resposta à RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA.
Dessa forma, o grau de “bronzeamento” é geneticamente determinado e é a base para divisão da pele normal, em padrões de respostas adaptativas, chamadas fototipos.
As propriedades de fotoproteção da melanina, na pele humana, têm sido bem documentadas e ocorrem pela absorção e dispersão, tanto da luz ultravioleta quanto da luz visível. Essa absorção aumenta linearmente na faixa de 720-620 nm e então, exponencialmente, através de ondas mais curtas (300-600 nm).
No Brasil, as alterações pigmentares representam o terceiro maior grupo de doenças nos consultórios dermatológicos, em torno de 8,4% das queixas em consultas, de acordo com estudo conduzido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, em 2005.
As principais causas que aumentam as manchas do melasma é a exposição solar crônica, porém, outros fatores como gravidez, uso de anticoncepcional oral, uso de alguns cosméticos, estresse emocional, disfunção tireoidiana e outras alterações hormonais também são descritos.
Em outros artigos falaremos mais sobre esses fatores e tratamentos mais modernos existentes.