Melasma é uma condição que afeta milhões pessoas em todo o mundo. É uma hiperpigmentação da pele, caracterizada pelo aparecimento de manchas escuras de forma irregular, principalmente no rosto. Estima-se pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que cerca de 1% da população mundial sofre com tal condição.
A fisiopatologia do melasma ainda é assunto de debates e pesquisas entre profissionais da dermatologia. No entanto, as pesquisas recentes apontam que a exposição aos raios ultravioleta, o desequilíbrio hormonal que advém da gravidez e do uso de contraceptivos orais, além da predisposição genética são os principais gatilhos para o seu surgimento. Além disso, vale salientar que o melasma é mais prevalente em mulheres, no entanto, homens também podem manifestar a condição.
Diante disso, é de extrema importância falar sobre fotoproteção para pacientes que possuem melasma. Até porque os raios do sol podem agravar a hiperpigmentação.
O uso regular e adequado de protetor solar é um dos principais e mais eficazes métodos de prevenção e controle do melasma. No entanto, o simples uso do protetor solar não é o suficiente para um bom controle da condição. É de extrema importância lembrar que o seu uso deve ser regular, a cada duas horas, e sua aplicação deve ser uniforme e em quantidade adequada.
Além do mais, investir em um protetor solar de amplo espectro, que seja capaz de proteger contra os raios UVA e UVB, é uma escolha acertada. Ora, enquanto os raios UVB são responsáveis por queimaduras na pele, os raios UVA são responsáveis por efeitos mais duradouros e profundos, como o envelhecimento precoce e, claro, o melasma.
Ademais, outros cuidados e práticas que auxiliam no controle da hiperpigmentação incluem: evitar a exposição solar durante os horários de pico de incidência dos raios solares e, usar chapéus e óculos escuros para uma proteção extra.
No que se refere ao tratamento do melasma, diversas são as opções. Vale salientar que cada tratamento tem um mecanismo de ação e um tempo esperado para resultados. Por exemplo, os peelings superficiais e médios contém ácidos que são capazes de diminuir a atividade dos melanócitos (as célula produtoras de melanina). Já os clareadores tópicos agem bloqueando a produção de melanina.
O importante é entender que o melasma não tem cura, mas tem controle. O tratamento requer paciência, consistência e a orientação de um dermatologista experiente.
Ao seguir estas práticas, os pacientes podem não apenas evitar o agravamento da hiperpigmentação, mas também melhorar a aparência geral da sua pele. Isso não só ajuda na autoestima como também na saúde da pele, prevenindo outros problemas, como o câncer de pele.
Ter melasma não precisa ser uma condenação. Com o cuidado adequado, o manejo do melasma é totalmente possível, permitindo a todos que tenham uma pele saudável e um sorriso confiante.
Em suma, estabelecer e manter as melhores práticas de fotoproteção para pacientes com melasma, não só ajuda no controle da condição, como também beneficia a saúde e a estética da pele. Lembre-se: a sua pele é o maior órgão do seu corpo e merece toda a atenção e cuidado possíveis. Mantenha-se protegido!